quinta-feira, 5 de julho de 2012

Ser Mãe - Quando O Ventre Se Torna Sol

Mãe, cresce em teu ventre um filho do Eterno.
A energia se condensa em volta da estrelinha espiritual.
O azul do Céu se junta com o vermelho da Terra.
O teu ventre vira um sol, e tua aura fica tão linda!

Que o teu útero seja uma casa abençoada!
Que as luzes do universo iluminem o lar do teu bebê.
Que tu sintas a pulsação da vida chegando a ti.
Que tu recebas o filho como um presente da Presença**.
Que a história dele seja linda contigo.

Na linha do horizonte do céu de teu coração, brilha a aurora.
Em teu ventre, brilha o fogo estelar revestido de corpo da Terra.
Em teus olhos, o brilho da esperança e do amor.
Nos olhos do bebê, o brilho da vida florescendo na nova experiência.
Mãe, em teus olhos, e nos olhos do teu filho, o brilho da Presença.

Sabe, o Eterno cingiu espiritualmente tua fronte e disse:
"Querida, recebe uma de minhas estrelinhas, como se fosse tua.
Cuida dela com inteligência e carinho, sem deixares de ser tu mesma.
Ama-a e ajuda-a a crescer; mas sem que tu deixes de crescer também!

E não te esqueças: tu também és uma de minhas estrelinhas.
Tu eras menina; agora te tornastes mulher e mãe: percebes o ciclo da vida?
Por um tempo, minha estrelinha será tua; cuida dela como um presente".

Mãe, tua tarefa não é fácil; mas os poetas e os espíritos te compreendem.
Eles percebem o presente que a Presença te deu. Eles vêem o brilho!
Eles conhecem tuas esperanças e teus sonhos, apenas pelo brilho do teu olhar.
Eles olham para o teu ventre e vêem o sol; olham para ti, e vêem a aurora.
Eles vêem tua fronte cingida pelo Eterno. Eles sabem de onde vem a estrelinha.

Sim, os poetas e os espíritos de luz conhecem o teu presente.
Por isso eles se uniram para te homenagear, sob a luz da Presença.
Tu agora és mais do que mulher: tu és mãe! Tem um sol no teu ventre!
Saibas disso, querida, e sejas feliz.

Que a luz ilumine a jornada de teu bebê pelos caminhos da vida.
Que o amor te dê forças e coragem para ajudá-lo nessa travessia.
Que tu sejas uma inspiração para ele.

E, não te esqueças: além de mãe, tu és mulher também!
Não cuides apenas dele; cuida de ti mesma; cresça junto!
O bebê é uma estrelinha do Todo; mas tu também és!

Que tu brilhes muito; que o bebê brilhe; que a vida floresça...
Em todos os brilhos, o brilho da Presença que está em tudo.

(Esses escritos são dedicados a todas as mães; pelas noites de sono mal dormidas; pelos seios rachados de tanto amamentar; pelo choro de preocupação; pela paciência de aguentar muitas pirraças; pela coragem de aceitar a tarefa de educar uma estrelinha da Presença como se fosse sua mesma; pela força de suportar o próprio ventre virar sol; pela decisão de permitir o desenvolvimento de mais uma vida em seu ser, mesmo à custa de tanto sacrifício.)

Paz e Luz

:: Wagner Borges ::




quinta-feira, 24 de maio de 2012

Criação com apego?


Quando eu estava grávida sempre me questionei sobre a melhor forma de criar meu bebê, domir junto ou não, carregar muito ou não, dar mamadeira, ou dar chupeta... decidi por muitas coisas que pareciam mais naturais... 

Eu decidi que queria parir meu filho sem intervensões, de forma natural e tranquila, muitas mães criticam essa atitude "hoje tem tanta tecnologia!"... mas elas não sabem que parir é a coisa mais transformadora que existe na vida de um ser humano e deve ser um momento sagrado e respeitado...

Eu queria que o Samuel durmisse na minha cama ao meu lado sempre, mas não cabia no quarto e nem na cama, no primeiro mês chutei meu marido da cama (hehhehe... coitadinho), e dormimos eu e ele juntinhos, depois me libertei um pouco e fui deixando no berço, sempre me pareceu mais seguro...

Eu queria sair com ele no colo e não no carrinho, então descobri a existencia dos slings e comprei um, as pessoas me olham na rua, muitas encantadas e outras achando estranho, "por que ela não coloca essa criança no carrinho?".... eu sempre pensei que fosse mais natural deixar a cria no peito como os cangurus e macaquinhos... =D

Eu acordo de madrugada com ele chorando de fome, frio ou medo, não importa, com muito prazer e sono, vou lá ninar e amar ele um pouquinho... muitas vovozinhas diriam "deixe que chore!".... mas o que custa acudir e respeitar a unica forma que eles têm pra se expressar... quando vc chora não gostaria que alguém ninasse vc?

Resolvi usar fraldas de pano, pelo meio ambiente, por amor à pele dele, por amor ao bolso... enfim, muitos ainda insistem em me perguntar "mas pra que?", bom, principalmente porque eu odiaria ter um plástico grudado na pele o tempo todo.... 

Eu decidi que o Samuel iria mamar até quando ele quisesse, muitos diriam "ai que feio é ver uma criança com mais de 2 anos mamando no peito"... bom eu acho feias as mamadeiras e chupetas e nem por isso critico a criança que usa além dos 2 anos...

Eu faço massagem no meu filho todos os dias antes do banho com óleo de amêndoas e muitos não entenderiam toda essa disposição... "mas eles nem ligam pra massagens!"... quem não gosta de massagens?!

Estou testando a técnica da Higiene Natural no Samuel para evitar que a pele dele esteja sempre em contato com suas eliminações, por amor? por respeito? quem é que gosta de ficar com o bumbum sujo?

É diferente? É estranho? Eu não acho, porque ser mãe é ser instinto, ser filho é ser uma alma nova totalmente dependente desse instinto... 

Criação com apego é amor incondicional... é querer ver sorrisos, é querer passar segurança, é querer estar sempre por perto, é explicar o porquê das coisas com carinho, é educar, é RESPEITAR.

"Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria".


quinta-feira, 17 de maio de 2012

O meu relato de parto...

O nascimento do Samuel Elohin

Depois de 02 anos de espera para a chegada do meu 1º filho, meu ser das estrelas que me foi prometido pelos anjos, finalmente tudo se tornava realidade, eu estava com grávida!

Fiquei dias tentando me convencer de que aquilo não era um sonho, e nos meses seguintes tive que ficar me convencendo que tudo seria perfeito e que não precisava me preocupar, eu tinha pavor que qualquer coisa pudesse acontecer ou que eu pudesse perder meu bebê, entre outras mil coisas que passavam pela minha cabeça, mas fui muito abençoada e meu corpo fez seu trabalho direitinho, passei por descobertas e emoções que me fizeram rever a vida e tudo o que eu havia aprendido até aquele momento.

Com o passar dos meses me descobri uma boa entendedora sobre maternidade, gravidez, partos, etc., eu não saia do computador e curti muito cada fase. Sempre tive algo que me dizia que ficar grávida e não ter um parto normal era muito estranho, sou vegetariana há anos, defensora de que as coisas deveriam ser o mais natural possível, então descobri milhares de discussões sobre parto humanizado, violência obstétrica, empoderamento da mulher e não tive dúvidas, eu ia defender que meu parto fosse do jeito que eu quisesse, afinal, quem ia parir mesmo?

Cheguei a pensar em ter um parto em casa, na água, no aconchego do meu lar e ao lado de minha família, mas além de não ter apoio nenhum pra isso, eu não tinha condições financeiras no momento. Eu gostava do meu obstetra, que apesar de não praticar o parto humanizado, me deixava muito confiante, Deus sabia onde tinha me colocado... Na verdade eu só queria ficar em paz e que respeitassem o tempo de meu corpo e do meu filho...

Ainda não estava muito segura de como ia ser comigo e decidi contratar um doula, primeiro conversei com a Valéria Dal-Pra Zen, Terapeuta Floral e Praticante de EFT (www.eftbrasil.net.br), e depois com a Inês Baylão de Morais Monson, professora de Yoga e orientadora gestacional (diariodeumadoula.blogspot.com.br), são mulheres incríveis e me apaixonei pelo trabalho delas... Fiquei com a Valéria porque ela tinha acabado de participar do parto domiciliar de uma amiga e parecia que falávamos a mesma língua, senti muita sincronia com tudo o que estava acontecendo comigo. Preciso ressaltar que não sei o que teria sido do meu parto sem minha querida doula, é indispensável ter esse apoio durante o TP quando chega a grande hora nos esquecemos de tudo, ficamos amedrontadas e ainda temos que encarar a nossa sombra, nos entregar à dor.

Eu estava com 39 semanas de gestação quando meu tampão caiu, que emoção! Isso indicava que a hora estava chegando... Eu sempre tinha contrações fortes desde 28 semanas, algumas bem doloridas, às vezes vinham de 05 em 05min, mas não por mais de 1h. Durante aquele dia fiquei muito ansiosa, mas nada aconteceu. Meus amigos e familiares faziam apostas do dia que seria meu parto, marcávamos no calendário, mas no fim ninguém acertou... bom, apenas meu obstetra acertou, pois ele nasceu na data prevista para o parto, com exatas 40 semanas.

Na madrugada do dia 29/03 comecei a sentir contrações bem mais fortes e doloridas que o normal, o meu marido estava dormindo e eu não sabia se acordava ele ou não, então fiquei na cama contando o intervalo das contrações e tentando dormir. Quando percebi que as contrações não me deixavam dormir, entendi que a aventura tinha começado e falei pro meu marido que achava que tinha começado o meu TP, ele deu um pulo da cama animadíssimo e começou a se vestir... eu fiquei rindo e perguntando o que ele estava fazendo, ainda eram 2h da manhã e eu sentia que tudo ia demorar um pouco mais que isso. Tranquilizei o Alex e ligamos para a Valéria, nós já esperávamos que tudo começasse pela madrugada, mas ainda estava com pena de acordar ela.

Ela chegou umas 4h da manhã com o Rafael, o marido dela, foi ótimo, ele ajudou muito a distrair o meu marido que achava que o Samuel ia nascer a qualquer momento. Enquanto amanhecia, fizemos um chá bem forte para esquentar o corpo e as contrações continuavam de 05 em 05min. A dorzinha que eu sentia não passava de uma cólica leve, mas eu estava tão empolgada que podia doer muito mais e eu não ia me importar.

Durante o café da manhã meu marido se perguntava quando iriamos para a maternidade, então acabei pedindo pra minha doula fazer o toque vaginal e ver se estávamos indo bem com a dilatação (eu não tinha certeza se conseguia fazer direito em mim mesma), ela disse que eu estava com 02 de dilatação e perguntou animada o que nós comeríamos no almoço... “como assim almoço?”, meu marido fez aquela cara de assustado e eu não sabia se ria ou chorava, não imaginava que demoraria tanto...

O Samuel ainda se mexia bastante, eufórico como sempre, estávamos animados e ansiosos... à tarde minha dilatação não avançava em nada, então a Valéria sugeriu que fossemos dar uma caminhada, ir ao mercado, dar uma volta na quadra, então fomos comprar mais canela para o chá... nessa altura eu não conseguia ficar em pé durante as contrações, estavam bem doloridas e caminhar parecia uma loucura total... eu parecia uma maluca parando na rua a cada 05min e gemendo de dor... depois que voltamos pra casa eu fiz alguns movimentos de yoga para acelerar as coisas e relaxar um pouco, me lembrei das técnicas do parto ativo, a Valéria sempre me fazia bastante massagem e conversávamos muito, o resultado de tudo isso foi chegar a 03 de dilatação! (eu sei que parece pouco, mas pelo menos estávamos progredindo).

Sentia que eu precisava relaxar mais, me entregar àquilo tudo, resolvi tomar um pouco de ayahuasca, me concentrei muito, pedi força e recebi orientações importantes, escrevi uma cartinha pro meu filho (dizem que pode fazer muita diferença quando o TP fica muito demorado)... mas só mais tarde as coisas ficaram realmente difíceis.

Ainda deu tempo de tomar um café da tarde e jantar... já eram 10h da noite e eu não passava de 04 de dilatação, então a Valéria sugeriu que fossemos para a maternidade pra ver se o Samuel estava bem e que avisássemos o meu obstetra sobre o TP... minha bolsa ainda não tinha estourado, mas estava vazando bastante, então achei mesmo prudente.

Na maternidade escutamos o coração dele, estava tudo ótimo, mas eu ainda não passava de 04 de dilatação, o médico que me atendeu sugeriu que eu já me internasse, mas eu liguei pro meu obstetra e disse que não queria ficar ali, que voltaria pra casa... lembro que a enfermeira me olhou horrorizada, como se eu fosse ter meu filho no carro e insistiu algumas vezes que o melhor era que eu ficasse na maternidade... eu fingi que não era comigo e por pouco não falei de meu desejo de ter um parto tão rápido assim, mas aí chegou uma contração muito forte e fiquei quieta...

Durante o trajeto de volta ficar sentada estava sendo uma tortura total, estava doendo muito em cada contração e eu comecei a chorar, eu estava morta de sono, eu não conseguia imaginar que aquela dor ia ficar pior, mas eu não chorava de dor, meu choro era uma mistura de vergonha e medo, pois tudo o que eu queria era gritar “chega, não aguento mais, não gostei da brincadeira!”, e isso ia contra tudo o que eu acreditava que era bom pra mim e meu filho...

Chegando em casa, decidimos que era importante descansar e tentar dormir um pouco. Depois que deitei e tentei relaxar, quase que por milagre as minhas contrações começaram a vir de 15 em 15 minutos por algum tempo, o suficiente para dormir e recuperar as energias. Lá por 03h da manhã (do dia 30/03), as contrações voltaram de 05 em 05min e muito mais dolorosas, eu senti que precisava desesperadamente de um banho quente, fiquei quase 01h debaixo do chuveiro e apesar da dor, preciso dizer o quando foi prazeroso estar ali, sentia meu corpo pulsando como nunca havia sentido antes, sentia meu filho, sentia um amor incondicional e uma sensação de gratidão por estar ali, pude conversar com o Samuel, cantei uma musica linda pra nós e quando vinha uma onda de dor gritei pra valer e com gosto, parece loucura, mas eu estava me sentindo uma leoa e aquilo foi muito gostoso...

Quando saí do banho a Valéria e meu marido estavam me esperando, tinham dormido um pouco e também tinham recuperado um pouco de energia... Sentamos na minha cama e começamos a refletir sobre o porquê daquela demora, eu sempre acreditei que tudo tem um porque, pois “nenhuma folha cai sem a vontade de Deus”, cada um tem uma experiência, uma sombra pra encarar... Eu fiquei refletindo e percebi como julgava as mulheres por suas escolhas na hora de ter seus filhos, por não tentarem o parto normal, por desistirem no meio do caminho, por não confiarem em seus corpos, por serem tão submissas aos médicos... mas quanta estupidez... quanta vergonha senti, voltei a chorar de novo, de soluçar... cada um tem seu limite de dor, cada um sabe o que pode aguentar e a experiência que quer ter, como isso poderia ser questionado ou criticado? O que falta é informação, orientação e muitas doulas por aí para acompanhar e ajudar outras mulheres a lembrar de quem são e a força que possuem.

No escurinho e aconchego de meu quarto e no quentinho da minha cama, também percebi como seria difícil ir para a maternidade, eu estava bem, relaxada, confortável, eu queria ficar ali, parir o meu filho na minha casa, em paz, e tenho certeza que teria sido maravilhoso...

O Alex e a Valéria já estavam conversando sobre a hora de sair, apesar de não querer, eu sabia que era melhor ir antes que amanhecesse e o transito ficasse ruim. Saímos quase 05h30 da manhã, eu parecia uma criança agarrada no travesseiro e ansiosa pra sair logo, naquele momento eu urrava de dor...  

Chegando à maternidade eu estava com quase 06 de dilatação, suava muito e daí pra frente foi tudo muito rápido, de hora em hora minha dilatação aumentava e a dor também... Algumas vezes eu pensava em pedir a bendita anestesia, não ajudava muito aquele clima frio de hospital, não poder ficar num chuveiro quente, querer ficar nua e sentir vergonha de fazer isso, sem falar no cansaço das quase 30h de TP, mas eu sabia que podia passar por aquilo tudo, eu não tinha chegado ao meu limite ainda.

Às 10h da manhã o meu médico sugeriu que fossemos para o centro cirúrgico, pois não parava de escorrer líquido e estava chegando a hora do Samuel nascer. Chegando lá foi constatado o almejado 10 de dilatação e o médico sugeriu que terminássemos de estourar a bolsa, apesar de não achar necessário, eu não me importei, eu estava cansada demais pra pensar ou retrucar por algo, e como eu já esperava o líquido estava normal. Naquele momento a dor estava realmente insuportável, eu estava de cócoras no chão, agarrada no meu marido e a Valéria bem tranquila me diz “ótimo, agora pode começar a fazer força!”... eu entrei em pânico... “o que?” Eu estava fazendo o impossível, posições que eu não imaginava que podia fazer, eu não tinha nem 02min pra respirar e superar a dor das contrações, e ainda teria que fazer força?... meu pânico chegou a um limite tão grande, que imediatamente levantei e implorei por uma anestesia. É claro que eu sabia que no período expulsivo eu teria que fazer uma forcinha, mas eu estava exausta e meu limite havia chegado ao fim.

A Valéria foi muito consciente e me perguntou algumas vezes se eu tinha certeza disso, eu não conseguia pensar em mais nada, estava surtando... Foi um alívio muito grande, eu me acalmei, podia respirar, fiquei muito feliz que mesmo anestesiada eu sentia tudo, senti meu filho descendo e saindo de mim, por isso não me arrependo, foi bom sentir que a primeira coisa que meu filho escutaria não seriam meus gritos...

Quando colocaram o Samuel no meu peito foi uma explosão tão grande de amor e paz, ele era lindo, todo rosadinho... Como eu tinha combinado com meu obstetra, demorou um pouco para que cortassem o cordão umbilical, a sala estava em temperatura ambiente e sem luzes cegando ninguém. 

Enquanto eu estava em observação, uma mulher ao meu lado me perguntou se era eu a que estava tentando o parto humanizado, isso me deixou tão feliz e orgulhosa! A maternidade inteira ouviu meus gritos, mas eu estava dando o exemplo! hehehe

Apesar das 30h de trabalho de parto, foi tudo perfeito, o Samuel nasceu às 10h40 com 3.350g, eu consegui que fosse um parto normal e o mais humanizado possível, inclusive consegui evitar que colocassem o nitrato de prata nos olhos do Samuel e meu marido ficou com ele o máximo de tempo possível, enquanto pesavam, mediam e perturbavam ele, coitadinho... talvez pudéssemos ter evitado mais intervenções, mas estávamos todos tão cansados! 

Eu cheguei até meu limite e estava orgulhosa disso, levei a minha placenta pra casa e a enterrei agradecendo à minha Mãe Divina pela dádiva de gerar e parir meu filho, por toda a força e por ter passado por esse desafio imenso de me tornar mãe!

Agradeço muito ao meu marido, à minha doula querida e ao meu obstetra, pois eles me apoiaram imensamente o tempo todo. 

Agradeço também aos grupos de mulheres e às discussões sobre parto humanizado, à todo o empenho dessas guerreiras que lutam pelo empoderamento da mulher, faz toda a diferença!
Namastê!!!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Mais fotinhos do Samuel!


A orelha mais perfeita do mundo com 31 semanas (8 meses)!


E provavelmente sua última fotinho de perfil dentro da barriga, com 36 semanas (9 meses)...

Ansiosos para conhecer ele?

Finalmente 9 meses...

E a espera interminável, os séculos que se passaram nesses 09 meses de descobertas e transformações, finalmente chegaram ao fim.... por incrível que pareça, agora é mesmo muito estranho saber que logo conheceremos o Samuel olhos nos olhos.... a explosão já tem hora marcada em algum lugar do universo e a mim só resta esperar mais um pouco...

Mas esperar pelo que? Esperar que meu corpo alucinado em dor e prazer descubra a arte sagrada do parir? Esperar que a vida diga que está pronta para viver a aventura do nascer?

Por mais que tenha lido todos os livros do mundo sobre parir, sobre bebês, sobre amar incondicionalmente, eu sei que nada sei sobre isso.... entre vidas e vidas, entre horas e horas, entre ser filha, ser irmã, talvez já mãe muitas vezes, ahhh eu nada sei mesmo.... porque mesmo que soubesse agora é tudo diferente... meus valores, meus amores, minha vida... são todos diferentes e nada querem saber de emoções já vividas... querem algo novo, transcendente...

Entre contrações cada vez mais intensas, entre seios doloridos e dúvidas intermináveis, entre a intuição e a razão... seja como for, a vida tem que começar... seja com dor ou prazer, nós estamos quase lá...

Quase lá.... 22 dias ou amanhã? chega a ser prazeroso não saber.... poucas vezes na vida perdemos o controle dos dias, das horas, do tempo.... tudo saiu do controle... não há mais chão seguro... apenas uma mãe e um filho que precisam respirar...

Nós dois, nós três, precisamos respirar, deixar vir a nova vida, deixar vir um novo dia... deixar vir o todo dia de cada dia... Amém. 


Maria Bethânia - Debaixo D'agua - Agora

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Controlando as emoções..

Agora com 34 semanas, estou na reta final!! passei por um período intenso de choque com a realidade em que as mulheres (gestantes e mães) estão envolvidas.. é uma luta grande neste país conseguir direitos e respeito... mas cada um plantando uma sementinha pode fazer uma árvore crescer e trazer mais oxigênio a tudo isso...

Já escolhi a minha doula, a Valéria Dal-Prá Zen, e comecei uma terapia bem gostosa com EFT www.eftbrasil.net.br e florais... o objetivo é resolver e eliminar essas emoções negativas e desgastantes para ter um parto e uma transformação completa e intensa... 

É uma peninha que desta vez eu não tenha condições para ter um parto em casa, mas sei que vai ser o mais natural possível, estou bem tranquila e confiante... seja o que tiver que ser, agora que o dia de ver e conhecer meu anjinho se aproxima, tudo isso se torna irrelevante... não deve haver maior alegria na vida de um casal, principalmente da mãe, do que ver aqueles olhos lindos brilhando pela primeira vez.... ultrapassa todo e qualquer nível de felicidade conhecido, algo realmente inesquecível.


Ontem tive um sonho lindo e transcendental... eu segurava meu bebê no colo, bem junto ao peito e o admirava, cada pedacinho do seu rosto, parecia um anjo cheio de luz, muita luz.... mas no meu sonho ele falava e perguntou "o que houve?", eu disse que nada, que apenas estava admirando ele... nesse sonho ele tinha cachinhos e era loirinho, olhos azuis, assim como dizem que os anjos são... por isso chamo de transcendental, era muita luz e muita paz, eu sentia que nada mais importava ou fazia sentido, que aquele olhar era a unica coisa que enchia meu coração de paz e esperança, que aquele sorriso simpático e amoroso eram a única coisa que me fariam feliz... e ele tinha uma cara de soninho, como quem acabou de acordar... gostosura da minha vida...

Eu e meu marido ficamos divagando por tempos sobre como ele será e com quem vai ser parecer mais... eu descendente de egípcio, árabe e algumas misturas, e meu marido descendente de alemão... ele pode ser loiro de pés a cabeça, ou pode ter cabelos negros e cheios como eu... 

Algumas fotos de nossas infâncias mostram bem a diferença..



O papai Alex bem loirinho e sapeca!!


E a mamãe com cara de anjinho moreno!! hehe

Assim vamos sonhandinho... ai que gostoso... contrações mais fortes começaram e tenho a impressão que o Samuel aqui está com pressa e já encaixando... com pressa? aiaiai... eu sempre falo pra ele esperar até março... pode parecer que a apressadinha sou eu, mas juro que tenho a impressão de que ele não vai demorar as tais 40 semanas previstas, ele é muito grande e gordinho... vamos ver né!!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Revendo tudo o que aprendi...

Este blog começou com uma idéia simples de registrar os momentos sagrados de minha gestação, apenas pra mim e meu baby, mas durante uma crise de hormônios explodindo em meu corpo, também senti um profundo incentivo a ver o que se passava entre as mulheres, mães ou quase mães. Li muitos relatos, pesquisei em inúmeras sites e blogs de discussões, e descobri que a mulher sofre de violências terríveis no sistema em que vivemos. Apesar de estar mais focada nos procedimentos de partos e cuidados médicos com a mamãe e o bebê, o movimento que existe entre as mulheres são de jovens, profissionais e mães que foram afetadas e traumatizadas por tratamentos desumanos, desvalorização e inexplicáveis costumes culturais.

Desde minha própria mãe, até algumas amigas totalmente entregues ao sistema patriarcal, tive que lidar com opiniões contraditórias a tudo aquilo que eu acreditava ser o mais certo ou natural e procurei argumentos para inspirar e incentivar as mulheres a lutarem para serem agentes de desenvolvimento, para mudarem conceitos, para procurarem informações, para quebrarem teorias culturais que as levavam ao medo e a desigualdade, provavelmente era uma tentativa desesperada para que tudo isso mudasse em mim também.

Tive que rever tudo o que tinham me ensinado até aquele momento sobre o papel da mulher na sociedade e na educação, passei a questionar métodos e principalmente ouvi dezenas de mulheres que não sabiam o que fazer, se sentiam injustiçadas e perdidas, pois ao mesmo tempo queriam queimar sutiãs e brigar por igualdade, mas ainda acreditavam que ficar em casa cuidando de seus filhos era mais importante do que qualquer coisa no mundo, afinal quem educaria essas crianças? Em quem confiar?

Como a mudança no status social da mulher pode ajudar a melhorar a condição humana? Esse é um dos grandes desafios globais do milênio. Diante de tudo o que estou vivenciando, eu começaria por garantir que a mãe pudesse permanecer mais próxima de seus filhos até a idade escolar sem ter que lidar com a falta de recursos e críticas constantes da sociedade patriarcal em que vivemos. As mulheres querem ter os mesmos direitos dos homens quanto às oportunidades de trabalho, salários, educação, entre outros, e de fato muito evoluiu a nível mundial, mas nem sempre os homens assumem o papel de educadores dos filhos no lugar das mães ou junto com elas, isto é, o sistema sobrecarrega a mulher com as atividades comuns de fornecer o sustento da família, educar os filhos e administrar a moradia em que vivem. Isso não parece justo.

Pesquisas podem comprovar que a mulher com mais educação e melhor condição de vida pode criar filhos mais saudáveis e contribuir significativamente para solucionar os problemas mundiais. É uma ótima perspectiva, mas exemplificando a cultura brasileira, os filhos são educados por outras pessoas logo após o término de uma licença maternidade de apenas 04 a 06 meses. Quem está educando essas crianças durante a maior parte do dia? Outras mulheres que aprenderam a educar seres humanos apenas na teoria, e obviamente teorias que levam a repetir erros e a não questionar os problemas sociais.

Tem algo errado nesse processo todo! Se concordarem, por favor, levantem a mão, senão vou achar que são meus hormônios em desordem total novamente (risos).

À beira dos 8 meses de gestação, temo pelo futuro do meu pequeno, renascer para essa nova fase também requer que a fase antiga seja decapitada e bem enterrada, ser uma mãe diferente, contradizer a sociedade que me rodeia é como morrer para tudo aquilo que formou e moldou minha vida... aí sim poderei renascer sem dramas, mentiras e ilusões...

Afinal... "Ser é nunca parar de nascer"

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Nosso Cházinho de Bebê



A bisavó escrevendo "Eu te amo" na minha barriga... e as vovós corujas loucas para conhecer o neto...

 

Desfilando o barrigão com 30 semanas de gestação... e meu filho mais velho!!

O bercinho do Samuel cheio de fraldinhas e coisinhas que ele ganhou...

Foi tudo bem cansativo, mas valeu a pena, pude rever grandes amigas e compartilhar essa alegria imensa na chegada de meu pequeno Samuel... como lembrancinha demos um filtro dos sonhos todo branquinho para proteger os sonhos e desejos de todos que nos visitaram...

Contra a Violência no Parto

Este vídeo é uma campanha contra cesárias no Equador, confesso que me impressionei com a violência de algumas cenas de cesariana... não entendo como isso pode ser permitido... não entendo como as mães ainda sujeitam seus filhos a esse tipo de maltrato sem necessidade alguma...
Eu mataria um médico desses que tentasse arrancar meu bebê assim.... e eu ainda tenho que ouvir mulheres e familiares amedrontados pela mídia de massa me dizendo que eu sou louca por que querer um parto normal e natural....

Que cultura estúpida é essa, onde há maltrato e violência desde o nascimento até a morte?

sábado, 14 de janeiro de 2012

Quem disse que tem que ser doloroso?

Abaixo tem dois vídeos de parto que me impressionaram muito por sua tranquilidade, sua leveza e simplicidade.. nada de gritos, choros, sofrimentos... no quadro mental em que a maioria das mulheres grávidas se encontram, esses vídeos ou relatos costumam ser impossíveis ou mentirosos.. só vendo pra entender...


Neste parto, a mãe foi pega de surpresa, pois entrou em trabalho de parto e enquanto aguardava a parteira chegar, resolveu relaxar um pouco na banheira, o pai foi buscar a parteira na entrada da casa e nasceu! sem dor, nem gritos, apenas o chorinho de um recém nascido e o susto da mãe... 


Neste antigo vídeo de parto a mãe está tão radiante de felicidade que chega a parecer cena de novela... é um momento tão sagrado e feliz para uma mãe que me custa entender como pode ser diferente disso para tantas mulheres...

Quebra de preconceitos, chegou a hora de parar com todos esses medos.... 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Parto Humanizado

 O que é parto normal? O que é parto natural? O que é o parto humanizado?

Uau quantos nomes, quantas definições... eu apenas tinha ouvido falar do tal parto doloroso e temível, vaginal e ultrapassado, o parto normal.... ou da tradicional e inovadora cesariana, cirurgia para se tirar um bebê do ventre materno... o estranho é que sempre achei que cirurgias servissem para solucionar grandes problemas de saúde e evitar a morte, mas ouvi muitas mães se sujeitarem a este tipo de cirurgia para ver o filho antes do natal... tenebroso...

Sem julgamentos!! não é esse o objetivo... mãe e filho devem se preparar para a experiência de parir, fisicamente e psicologicamente, não resta dúvidas que uma mãe sem orientações e acompanhamento, atemorizada e sem apoio, reduz muito suas capacidades de ter um parto tranquilo e intenso.

O parto normal é o parto vaginal sujeito a todo tipo de intervenções médicas, como indução por ocitocina, episiotomia (corte vaginal), empurrão na barriga, anestecia, corte imediato do cordão umbilical, nervosismo e tratamento um tanto frio dependendo do hospital.
Estas são intervensões normalmente seguidas de uma cesária desnecessaria. Veja aqui algumas indicações mais comuns: http://narrativasdonascer.blogspot.com/2011/11/as-indicacoes-da-cesarea.html

O parto natural é conhecido pelo parto vaginal sem todas essas intervenções, isto é, sem ocitocina, episiotomia, anestecia, etc, onde a vontade da mãe é respeitada, onde ela tem apoio e segurança. Os relatos de partos naturais comprovam em sua maioria que parir é uma função totalmente natural do corpo, e que um trabalho de parto não precisa vir acompanhado de pavor ou intervenções dolorosas.

Ai vem o parto humanizado, que é onde a capacidade da mãe de parir é enaltecida, onde ela pode se sentir à vontade e deixar que seus instintos comandem, onde ela renasce como mulher e mãe, onde ela se transforma. No parto humanizado a mãe é quem comanda tudo, é ela quem escolhe a posição mais confortável para dar à luz, é ela que sente o que é necessário para seu corpo trabalhar melhor... 

Nascer não deveria ser um trauma, uma doença, um risco, uma dor temível, mas sim o momento em que uma mãe e um filho acabam de nascer, sem dramas, mentiras, ilusões, ou lendas...
Natural, humanizado, milagroso e intenso... novas palavras do meu vocabulário...


O relato da parteira mexicana Naoli Vinaver, caso ainda restem dúvidas...



Um corpo dentro do corpo

um ovo

“Era como se eu estivesse perdida
não lembrava quem eu tinha sido e não sabia em quem eu ia me tornar
quando tive a certeza que geraria uma pessoa dentro de mim, sentia um foco;
um direcionamento de uma energia interna; como se algo orgânico, interno, fizesse sentido naquele momento
tinha um buraco dentro do corpo, agora esse buraco fazia sentido, algo acontecia naquela caverna que era o meu próprio corpo e ao mesmo tempo um lugar no mundo
as vezes perdia o espaço, pisava sem tocar o chão,
comecei a habitar o espaço, a vida,
algo se expandia, meu corpo habitava e expandia
outro corpo habitava meu corpo, meu corpo habitava outro corpo, o mundo
um corpo dentro do corpo
o corpo passou a estar dentro de outro corpo
descobri o espaço
o mundo aumentando para dentro do corpo e para fora, para o mundo
era único, um único instante orgânico temporário e era o óbvio, a natureza, o mais simples
o que sempre esteve na cara, na rua, em todas as pessoas
depois estranhou, o corpo estranhava
o que habitava tornou-se maior, cada dia maior e mais inteiro
o corpo dentro do corpo era: partes, pé, mão.
tornou-se cruel, humano, pesado
tomou espaço; alterou o equilíbrio, o sono,
o passo ficou lento, o corpo outro corpo,
o corpo dentro do corpo foi ficando autônomo, era mesmo outro
um dia rasgou-se
o corpo tinha ficado tão grande que precisava atravessar, rasgar, gritar
o meu corpo ficou bicho, beirou a morte
alucinado não conhecia como nasciam os bebês
9 meses de formação e 20 horas de abertura e despedida
uma explosão
olhos sol

um ovo tinha se tornado gente

Luciana Navarro
(escrito em 2009, depois de ter parido sua filha nina)
Um relato tocante e intenso sobre um nascimento, porém, acima de tudo, sobre autoconhecimento e autodescoberta - Partejar 08/10/2011

Agora com 28 semanas!

Aí está meu fofinho Samuel ainda na barriga com 28 semanas, 7 meses...



Não é o pé mais lindo do mundo? ; )

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Parto com amor!

Indico sem a menor dúvida, toda futura mamãe deve ler e compartilhar muito o livro "Parto com Amor"


e para se emocionar muito, o nascimento do Thales (parto natural, humanizado e no aconchego do lar e da familia):

Olha como cresceu!!

Com 7 meses, meu lindo e gostoso menino está com quase 1k e a mamãe está magrinha e barriguda!



E o parto?

Enfim se aproxima a chegada do Samuel e o grande dia do parto... quantas expectativas, quantos perguntas, quantos medos assolam a cabecinha da mamãe e do papai...

As opiniões são diversas e o melhor é não ouvir muito, apenas sentir o que é melhor para a mamãe e o bebê, parto normal ou cesariana... aparentemente muitas mulheres não tem escolha, "aparentemente" mesmo, outras decidem pela cesariana como forma de se protegerem do pavor à dor... sim a dor, como se a cesariana não doesse bastante depois... tudo bem, respeito...

Não sou do tipo radical, confesso que antes eu queria mesmo uma cesariana, tranquilidade, bebê nos braços e já... mas bendita internet que, depois de saber que tinha começado a atravessar a ponte da maternidade, me trouxe a dona consciência para questionar meus motivos... quais motivos poderiam ser mais importantes do que vivenciar o nascimento do próprio filho?

Eu disse não, não mesmo, esperei dois anos inteiros pela chegada do Samuel e deixar de ter a experiencia de parir está fora de cogitação! Tive uma conversa intensa com meu bebê, expliquei que era o melhor pra nós em muitos sentidos e se ele também desejasse poderia ser a melhor experiencia de nossas vidas, por incrível que pareça, naquela noite o Samuel se virou de cabeça para baixo e ficou em posição de nascer, é como se eu ouvisse claramente "estou pronto mãe!"..... emoção à flor da pele... ele apenas tinha 22 semanas....

Bom, decisão tomada, passei a ler muito mais à respeito, cheguei a ficar brava com o papai pela falta de interesse, mas a histérica era eu, como cobrar isso de alguém... bobeira... o parto é algo bem íntimo... fiquei horrorizada com a frieza dos médicos, dos hospitais... aparentemente meu obstetra é um anjo que caiu do céu, preocupado, mas tão zen e confiante em seu trabalho como médico que quando estou perto dele, até minhas perguntas se tornam desnecessárias....

Hoje ele disse um bem claro "o parto é seu, não meu, eu apenas estarei lá observando!", adorei ouvir isso, era tudo o que eu queria.... paz....

Vou contratar uma doula para me ajudar a relaxar muito, já que minha gestação foi previsível o tempo todo, tenho certeza que o trabalho de parto não será diferente, natural e previsível.... tenho total confiança no meu corpo, no meu filho principalmente, cada um fazendo o seu trabalho com muito amor, paciência e consciência...

Agora com 28 semanas, 7 meses, comecei a ter as contrações de treinamento e estou me sentindo uma deusa, que momento esplêndido e empolgante....

Vou encarnar a pachamama e lá vamos nós, rumo ao parto normal e natural!!!